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Reserva ovariana: quais os exames, como e por que avaliar?

A reserva ovariana de uma mulher é um ponto muito importante quando o assunto é fertilidade. Entenda agora como é feita a avaliação e quando ela é necessária.

A fertilidade feminina está envolvida com diversos aspectos, mas sem dúvidas o principal deles são os óvulos. Estes, que também são conhecidos como gametas femininos, são células fundamentais para que uma gestação aconteça, a partir da fecundação com os espermatozóides, que dará origem a um embrião.

Sabe-se que, de maneira diferente do que ocorre com os homens, a capacidade fértil das mulheres possui prazo de validade, e isso tudo tem a ver com a reserva ovariana. Vamos entender a seguir como isso ocorre, de que maneira a paciente pode avaliar sua reserva ovariana e a importância desta avaliação para as tentantes. 

O que é reserva ovariana?

Toda pessoa do sexo feminino já nasce com um número determinado de folículos em seus ovários, ou seja, eles não são produzidos ao longo da vida da mulher. A cada ciclo uma certa quantidade deles são recrutados, mas apenas um irá amadurecer e liberar um óvulo. Os demais não apresentam mais função e serão absorvidos naturalmente pelo corpo da mulher. O rompimento do folículo e a liberação da célula reprodutiva feminina é o que chamamos de ovulação. 

Sendo assim, a reserva ovariana é a quantidade de folículos que uma mulher possui, sendo eles finitos e tendo seu esgotamento marcado pela menopausa, onde os ovários cessam suas atividades.

É interessante citar que, no caso das pessoas do sexo masculino, a produção dos gametas, que no caso são os espermatozóides, é contínua e tende a diminuir com o aumento da idade, mas geralmente nunca cessa, diferentemente das mulheres. 

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Como a reserva ovariana pode estar relacionada à infertilidade feminina?

Para que se consiga obter uma gestação, é necessário que um óvulo seja fecundado por um espermatozóide. Sendo assim, é preciso que a mulher ovule para que haja a possibilidade da concepção, sendo este o período mais fértil e de maiores chances de sucesso. Deste modo, é muito importante que a tentante tenha uma boa reserva ovariana para que consiga engravidar, principalmente quando estamos falando de uma gravidez que ocorre de maneira natural. 

Além disso, com o passar do tempo e o aumento da idade da mulher, seus óvulos envelhecem igualmente, além de diminuírem em quantidade. Isto explica porque mulheres mais maduras tendem a ter mais dificuldades para ter filhos e têm risco aumentado do bebê apresentar alterações genéticas. 

Em casos onde a paciente esteja relatando dificuldade em engravidar e se detecta uma baixa reserva ovariana, técnicas de reprodução humana assistida podem ser adotadas na tentativa de aumentar as chances de se conseguir uma gestação. Apesar disso, mulheres nestas situações tendem a responder menos à estimulação ovariana, e quanto menos óvulos coletados para a realização do tratamento, menores são as possibilidades de se obter sucesso.

Principalmente em situações em que a mulher apresenta baixa na reserva de óvulos em idade precoce, uma das principais saídas é o congelamento de óvulos, que poderão ser utilizados futuramente. 

Quais exames avaliam a reserva ovariana?

Existem algumas opções de exames para realizar a avaliação da reserva de óvulos de uma paciente. A escolha por um ou mais deles é feita pelo médico especialista na área, que irá decidir qual o melhor caminho para o diagnóstico. Iremos listar os principais a seguir:

  • Dosagem de FSH: é realizada por meio de uma amostra de sangue da paciente, que deve ser coletada nos 3 dias iniciais do ciclo menstrual, onde será dosada a concentração do hormônio folículo estimulante. Resultados acima de 12 UI/L indicam baixa reserva de óvulos. Este exame é considerado de baixa precisão e geralmente é feito de maneira complementar a outros. 
  • Dosagem de HAM: é feita também através da análise do sangue da mulher, onde será determinada a concentração do hormônio anti-mulleriano, que é produzido por algumas células que compõem os folículos. Esta concentração é diretamente proporcional ao número de folículos, ou seja, quanto maior, melhor é a reserva ovariana da paciente. Pode ser realizado a qualquer momento do ciclo.
  • Ultrassom transvaginal: é um exame de imagem que permite a visualização direta dos folículos, possibilitando verificar a quantidade destes que estão presentes nos ovários. Deve ser feito geralmente no início do ciclo menstrual da paciente. 

Por que é importante avaliar?

A avaliação da reserva ovariana é recomendada pois este é um fator determinante para a capacidade fértil da mulher. Sem óvulos, impossibilita a gravidez. Deste modo, em caso de infertilidade, esta deve ser uma das primeiras coisas a se investigar. 

Além disso, pacientes com histórico familiar de menopausa precoce, ou seja, que a reserva ovariana se esgota em idade inferior da esperada, é importante realizar esta avaliação e cogitar a realização de criopreservação de óvulos, como citamos anteriormente, a fim de preservar sua fertilidade.

Conclusão:

A reserva ovariana é um dos principais aspectos da fertilidade feminina, e pacientes tentantes devem se atentar a realizar uma avaliação. Os exames para isto são simples, mas disponibilizam para o médico informações muito importantes para que este escolha a melhor conduta a ser tomada com a paciente. 

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