Por que estimular a ovulação?
A primeira etapa do tratamento de reprodução assistida é a estimulação ovariana ou indução da ovulação.
O tipo de medicação que será utilizada e a sua dosagem dependem da reserva ovariana da paciente e da modalidade de tratamento, baixa ou alta complexidade.
Existem 2 tipos de medicamentos que podem ser utilizados com essa finalidade, de forma isolada ou combinada, o que definimos como o “protocolo de estímulo”:
- Os medicamentos orais, como o citrato de clomifeno e os inibidores da aromatase (letrozol);
- as gonadotrofinas, que são injeções de hormônios (FSH/LH/hCG).
Independentemente da paciente ter uma reserva ovariana mais alta ou mais baixa, ser mais jovem ou ter uma idade mais avançada, essa etapa é fundamental para o sucesso do tratamento.
Por melhor que seja a reserva ovariana, os ovários são regulados por um eixo hormonal complexo que fazem com que eles produzam apenas 1 único óvulo maduro por ciclo menstrual, na grande maioria dos casos, o que normalmente não é suficiente para um tratamento de fertilização in vitro, por exemplo.
Dessa forma, a estimulação ovariana faz com que os ovários possam produzir um número maior de óvulos maduros para serem fertilizados e em seguida formarem embriões. Quanto maior o número de embriões, maiores são as probabilidades de se obter uma gravidez.
Um mesmo protocolo de estímulo pode levar à produção de uma baixa quantidade de óvulos ou então chegar a produzir mais de 50 óvulos de acordo com o potencial de resposta ao tratamento de cada paciente, definido por sua reserva ovariana.