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Fertilização in vitro


A fertilização in vitro, também conhecida como FIV ou bebê de proveta é um tratamento de alta complexidade que teve o seu primeiro bebê nascido em 1978 no Reino Unido após mais de 10 anos de tentativas frustradas.

Nesses mais de 40 anos, a FIV evoluiu bastante em termos de tecnologia e conhecimento técnico-científico, contribuindo muito para a melhora expressiva nas taxas de sucesso, sendo ainda hoje o tratamento com os melhores resultados.

O significa “Fertilizar in vitro”?

A expressão “in vitro” se refere a todos os processos biológicos que têm lugar fora dos sistemas vivos. Nesse caso, o processo de fertilização, que é o encontro do óvulo com o espermatozoide para a formação de um embrião, deverá ocorrer em laboratório.

Como conseguir óvulos?

Habitualmente, a partir dos primeiros dias do ciclo menstrual inicia-se a estimulação ovariana, processo que envolve a aplicação diária de injeções de hormônios e o acompanhamento por meio de ultrassonografia transvaginal seriada. Esse processo tem uma duração média de 10 a 12 dias. A escolha da medicação que será utilizada e sua dosagem chamamos de protocolo de estímulo, que fará com que múltiplos folículos ovarianos (estruturas que abrigam os óvulos dentro dos ovários) possam crescer.

Uma vez que os folículos ovarianos atinjam um tamanho adequado é realizada a coleta dos óvulos por meio de uma punção ovariana com agulha, por via transvaginal. O procedimento é realizado sob anestesia endovenosa, semelhante à que é feita em endoscopia, e tem duração média de 15 a 20 minutos. É recomendável que a paciente fique de repouso por 2 a 3 dias após o procedimento, ou conforme orientação médica.

A obtenção de espermatozoides

Para homens que tenham espermatozoides móveis no ejaculado, a coleta do sêmen é feita por masturbação.

Para a ausência de espermatozoides no espermograma, como em caso de vasectomia por exemplo, pode-se obtê-los diretamente do testículo ou epidídimo por procedimento de punção com agulha ou dissecção cirúrgica.

Pronto! Agora é só fertilizar “in vitro”

Agora que os óvulos e espermatozoides já estão no laboratório eles serão preparados para o processo de fertilização que pode ocorrer de forma espontânea, em que os óvulos ficam banhados de espermatozoides em uma placa na encubadora, esperando-se com que um deles promova a fertilização, a chama FIV Clássica, ou então com o auxílio de uma agulha e um micromanipulador, o óvulo é perfurado e o espermatozoide previamente selecionado é injetado em seu citoplasma.

A transferência embrionária

Os embriões formados pelo processo de fertilização são então mantidos em cultivo em encubadora de 2 a 6 dias e poderão ser congelados ou transferidos para o útero materno a fresco. O procedimento de transferência embrionária é a passagem de um catéter pelo orifício do colo uterino por via vaginal até que sua ponta atinja o a região mais adequada do endométrio onde o(s) embrião(ões) serão depositados.

O procedimento é realizado com a bexiga cheia e acompanhado por ultrassonografia pélvica/abdominal e não necessita de anestesia.

Habitualmente a paciente fica em repouso por 2 a 3 dias, ou conforme orientação médica.

O teste de gravidez é realizado de 9 a 12 dias depois.

Para quem a FIV está indicada

O tratamento está indicado para casais com dificuldade de engravidar de forma natural que apresentem:

  • idade da mulher avançada;
  • obstrução das trompas;
  • alterações graves do espermograma;
  • endometriose;
  • laqueadura;
  • vasectomia;
  • aborto de repetição;
  • doenças genéticas;
  • que tenham tentado tratamentos anteriores de relação sexual programada ou inseminação intrauterina sem sucesso.

Quer saber as taxas de sucesso da FIV, clique aqui.

Quer saber os custos da FIV, clique aqui.

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