Congelamento de Óvulos

Uma grande parte das mulheres vai se tornar infértil devido à incapacidade de produzir óvulos de boa qualidade em uma determinada fase da vida.

Muitas dessas mulheres não terão a oportunidade de antever esse processo e quando descobrirem já poderá ser tarde demais para ter filhos com seus próprios óvulos.

O congelamento de óvulos tem sido um tratamento cada vez mais procurado pelas mulheres a partir dos 30 anos para a preservação da fertilidade, fase da vida em que tanto a qualidade quanto a quantidade dos óvulos normalmente ainda está preservada.

Quanto mais jovem for a mulher, e quanto melhor for a sua reserva ovariana maior será a quantidade e melhor será a qualidade dos óvulos congelados.

Habitualmente, a partir dos primeiros dias do ciclo menstrual inicia-se a estimulação ovariana, processo que envolve a aplicação diária de injeções de hormônios e o acompanhamento por meio de ultrassonografia transvaginal seriada. Esse processo tem uma duração média de 10 a 12 dias. A escolha da medicação que será utilizada e sua dosagem chamamos de protocolo de estímulo, que fará com que múltiplos folículos ovarianos (estruturas que abrigam os óvulos dentro dos ovários) possam crescer.

Uma vez que os folículos ovarianos atinjam um tamanho adequado é realizada a coleta dos óvulos por meio de uma punção ovariana com agulha, por via transvaginal. O procedimento é realizado sob anestesia endovenosa, semelhante à que é feita em endoscopia, e tem duração média de 15 a 20 minutos. É recomendável que a paciente fique de repouso por 2 a 3 dias após o procedimento, ou conforme orientação médica.

No mesmo dia da coleta, os óvulos obtidos serão preparados e aqueles que estiverem maduros, ou seja, prontos para serem fertilizados por um espermatozoide, serão congelados pela técnica de vitrificação.

Essa é pergunta de um milhão de dólares.

Certamente porque não há um número de óvulos tamanho que garanta bebê em casa e nem uma baixa quantidade de óvulos que prejudique o resultado por completo.

Fato é que mulheres mais jovens, por terem melhor qualidade de óvulos, vão precisar de menor quantidade em média em relação ‘as mulheres de idade mais avançada, de forma que 15 óvulos congelados conferem uma chance de 85% de ter um bebê para aquelas com menos de 35 anos enquanto que para as com 36 anos ou mais essa chance cai para 35%.

O tempo em que os óvulos ficam congelados não parecem interferir nas taxas de sucesso do tratamento a posteriori, bem como não implicam num aumento de alterações genéticas dos embriões que foram formados a partir deles.

Em tese, não existe um limite máximo de tempo em que os óvulos podem ficar congelados.

Se a paciente não mais desejar manter seus óvulos congelados ela poderá solicitar o descarte dos mesmos mediante a assinatura de um termo de consentimento junto à clínica, ou então poderá optar pela doação para um outro casal/paciente caso eles tenham sido coletados até os 37 anos de idade. Esse processo também só se dá mediante a assinatura de termo de consentimento.