Avaliação Genética de Embriões
A medicina reprodutiva permite a casais que estão realizando o tratamento de fertilização in vitro terem os seus embriões avaliados geneticamente antes do procedimento de transferência embrionária e da implantação.
Com os embriões em laboratório, é possível submetê-los a uma biópsia para a extração de uma pequena quantidade de células e consequentemente avaliar o seu material genético.
O exame, chamado de diagnóstico genético pré-gestacional para aneuploidias, PGT-A em inglês, vai avaliar se aquele embrião tem uma quantidade normal de cromossomos (chamado embrião euploide) ou se existe perda ou ganho de material genético (chamado embrião aneuploide).
Por que realizar o teste genético?
Assume-se que aos 38 anos a mulher passa a produzir 50% de embriões com alguma alteração genética, aneuploidia, sendo que após os 42 anos essa taxa supera os 80%. Sabemos que as aneuploidias embrionárias estão relacionadas principalmente a:
- falhas de implantação embrionária;
- aborto recorrente;
- nascimento de crianças com síndromes genéticas, como a síndrome Down por exemplo.
Efetivamente, a transferência de um embrião sabidamente euploide aumenta a chance de sua implantação e reduz drasticamente o risco de um abortamento.
A aplicação do teste genético de embriões (PGT-A) está em debate há 2 décadas. Apesar das amplas comprovações científicas e evidências clínicas de elevação de resultados de gravidez e nascimento nas clínicas de reprodução assistida, continuar as pesquisas que constatam a segurança da técnica é um compromisso assumido por todos nós especialistas.