Reprodução assistida: você conhece todos os métodos?
Entenda como as técnicas médicas de Reprodução Assistida, como a fertilização in vitro e a inseminação artificial, possibilitam a reprodução humana em casais inférteis que desejam gerar um filho.
Atualmente, alguns problemas antigos que eram recorrentes na vida de um casal puderam ser superados de forma segura e extremamente eficaz, graças ao avanço da medicina reprodutiva e da tecnologia.
É o caso de casais que não conseguiam obter a gravidez de forma natural, já que um dos parceiros ou até mesmo ambos, apresentavam a infertilidade, devido a idade avançada, desequilíbrios hormonais, problemas anatômicos no útero, dentre outras condições. O que consequentemente, acabava dificultando a gravidez.
Com o avanço da medicina, tecnologia e da ciência, esses e outros problemas puderam ser superados, graças principalmente ao grande progresso que teve a reprodução assistida.
Confira em nosso post, o que é a reprodução assistida, para quem ela é indicada e quais são suas técnicas mais comuns.
O que é reprodução assistida?
A reprodução assistida é, basicamente, um conjunto de técnicas que tem como objetivo facilitar a gestação daqueles casais que têm dificuldade de gerar um bebê de forma natural.
Na reprodução assistida é comum que pelo menos um dos gametas, que pode ser o feminino (óvulos) ou masculino (espermatozóides), passe pelo processo de manipulação, onde é preparado as condições necessárias para a fecundação acontecer.
Ao decorrer dos anos, foram desenvolvidos eficazes procedimentos para facilitar a gravidez, que podem ser realizados de diversas formas. Conheça a seguir os métodos mais comuns de reprodução assistida.
Quais são os métodos mais comuns de reprodução assistida?
Fertilização in vitro
A fertilização in vitro, também conhecida como FIV, é um tratamento de alta complexidade com boa taxa de sucesso, considerado hoje o tratamento com os melhores resultados.
A técnica consiste no estímulo ovariano, através da administração de hormônios, que fará com que múltiplos folículos ovarianos, estruturas que abrigam os óvulos dentro dos ovários, possam crescer. O desenvolvimento do folículo vai ser monitorado, por meio de exames de ultrassom e dosagem hormonal.
No momento que os folículos ovarianos consigam atingir um tamanho apropriado, vai ser realizado por via transvaginal, a coleta dos óvulos. O procedimento, que é realizado sob anestesia endovenosa, tem duração de 20 minutos em média.
Congelamento de Óvulos
Atualmente muitas mulheres têm o desejo de serem mães, contudo, antes de realizar esse sonho tem outras prioridades, como o de se estabilizar profissionalmente.
No entanto, com o passar dos anos a qualidade dos óvulos diminui, assim como as chances de gravidez. Uma forma que essas mulheres encontraram de preservarem a sua fertilidade, para que assim seja possível engravidar no futuro, foi com o congelamento de óvulos.
Essa técnica de reprodução assistida envolve o estímulo ovariano e a coleta de óvulos, que são congelados a fim de preservar as suas propriedades por tempo indeterminado.
Inseminação Intrauterina
A inseminação intrauterina ou inseminação artificial é um tratamento de reprodução assistida de baixa complexidade.
Essa técnica ajuda casais com dificuldade de engravidar devido a uma condição masculina, que é a redução da quantidade ou qualidade dos espermatozoides, avaliadas pelo espermograma.
É necessário ressaltar que esse tratamento é reservado apenas para homens que têm alterações seminal leves. Já que para uma boa chance de sucesso na inseminação artificial, deve-se ter ao menos 5 milhões de espermatozóides móveis por ml, após o seu processamento em laboratório. Para os casos em que esse número não é atingido, pode ser indicada a fertilização in vitro.
Esse procedimento consiste em injetar o sêmen previamente preparado em laboratório dentro do útero da mulher, facilitando o acesso e encurtando o caminho que os espermatozóides devem percorrer.
Relação Sexual Programada
A relação sexual programada é uma técnica de baixa complexidade, considerado o mais simples dos tratamentos de reprodução assistida, já que não é necessário procedimentos em laboratório.
Os custos da relação sexual programada são mais baixos e as taxas de sucesso são menores, se for comparado com uma fertilização in vitro, por exemplo.
O tratamento consiste basicamente na estimulação e monitoração da ovulação, para que no período fértil o casal possa ter relação sexual no melhor momento, conferindo a maior probabilidade de gravidez naquele ciclo.
Ovodoação
A ovodoação é uma técnica que possibilita que mulheres com dificuldades de engravidar com seus próprios gametas, assim como casais homoafetivos, inférteis e homens solteiros possam ter filhos. No procedimento, uma ovodoadora, mulher de até 37 anos, doou óvulos para a sua receptora.
Um casal receptor de óvulos poderá recebê-los tanto de uma doadora anônima, onde não se conhece a identidade da doadora e vice-versa, ou então de uma parente de até 4º grau.
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Para quem a reprodução assistida é indicada?
Os tratamentos de reprodução humana são indicados para casais em que a gravidez não ocorre de forma natural, devido a infertilidade feminina, masculina ou de ambos.
Existem algumas condições específicas que causam infertilidade, levando os pacientes a buscarem o auxílio de um médico especialista em medicina reprodutiva. Dentre os fatores mais comuns podemos citar:
- Síndrome dos Ovários Policísticos;
- Idade avançada;
- Menopausa precoce;
- Alterações no útero;
- Miomas;
- Endometriose;
- Disfunção erétil;
- Ausência de espermatozóides;
- Alterações na qualidade do sêmen.
Uniões homoafetivas, mulheres e homens sem parceiro sexual que buscam ser pais, também podem recorrer às técnicas de reprodução assistida.
Na reprodução assistida é possível escolher o sexo do bebê?
Atualmente, apesar de existir tecnologia suficiente para ser realizada durante uma FIV, não é possível que os pais escolham o sexo da criança por meio da reprodução assistida. Essa prática é proibida no Brasil por lei, através do Conselho Federal de Medicina (CFM).
De acordo com a Resolução CFM nº 2.168/2017, é proibido escolher o sexo do bebê ou qualquer outra característica biológica do filho, ao menos que existam justificativas clínicas e de saúde, como evitar doenças no possível descendente.
Isso quer dizer que, quando é detectado que a criança tenha probabilidade de desenvolver alguma doença genética em razão do sexo, é permitido por lei escolher o embrião a ser transferido na reprodução assistida.
Algumas doenças graves estão diretamente ligadas ao sexo e, por isso, a Constituição brasileira permite que nesse casos o gênero do bebê seja escolhido, para dessa forma evitar que a criança seja portadora de uma patologia.
Um exemplo de doença genética ligada ao sexo e que permite que os pais escolham o gênero da criança é a hemofilia. A hemofilia é caracterizada por um distúrbio genético e hereditário, que afeta quase exclusivamente homens.
Conclusão
A reprodução assistida é o conjunto de técnicas realizadas por médicos capacitados, como a fertilização in vitro e inseminação artificial, que possibilitam a reprodução humana em casais inférteis, homoafetivos e pessoas que buscam ser pais independentes.
Os procedimentos de reprodução assistida, que podem ser divididos em baixa ou alta complexidade, passaram por uma grande evolução e hoje garantem uma maior segurança e boas taxas de sucesso, aos que buscam por um dos seus tratamentos, para realizar o sonho da gravidez.
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