Menopausa: o que é, sintomas e diferenças com o climatério
A menopausa é muito conhecida entre as mulheres, mas é muito confundida com o climatério. Entenda agora como diferenciar estas duas condições.
A saúde e a capacidade reprodutiva de mulheres maduras é algo frequentemente discutido entre as pessoas, sendo a menopausa um dos assuntos mais conhecidos. Ainda assim, muitas pessoas utilizam este termo de maneira equivocada, já que esta condição é facilmente confundida com o climatério.
Para entendermos um pouco mais sobre a menopausa e o climatério, iremos ver a seguir quais são as suas definições, como podemos diferenciá-los, quais os principais sintomas que se instalam, de que maneira a capacidade de reprodução da paciente é afetada, dentre outras informações importantes, que você precisa saber.
O que é menopausa?
A menopausa nada mais é do que a última menstruação da vida de uma mulher. Isto ocorre quando todos os óvulos se esgotam e os períodos menstruais cessam, sendo normal acontecer entre os 45 e 52 anos de idade.
É importante entendermos que cada mulher já nasce com um número pré determinado de óvulos, que vão sendo liberados mês a mês ao longo de sua vida reprodutiva. Deste modo, são finitos, e tendem a acabar dentro do período de idade que citamos anteriormente. Quando estes óvulos acabam, os ovários diminuem a produção de hormônios, até não produzirem mais nada.
Existem casos de insuficiência ovariana, onde os ovários param de produzir hormônios e de liberar óvulos, que ocorrem antes que a mulher complete 40 anos. Esta condição é denominada menopausa precoce, podendo ocorrer, por exemplo, como consequência de fatores genéticos, de tratamentos para câncer ou pela retirada cirúrgica dos ovários.
O que é climatério e quais os seus sintomas?
O climatério é um período que ocorre na vida de mulheres maduras, que geralmente se inicia aos 40 anos de idade e dura até os 65, onde os níveis fisiológicos dos hormônios produzidos pelos ovários vão gradualmente diminuindo. Estas alterações hormonais são a causa das irregularidades nos ciclos menstruais e de todos os demais sintomas, muito comuns e característicos, onde listamos a seguir os principais:
- ondas de calor pelo corpo, que também chamamos de fogachos;
- sudorese excessiva;
- alterações de humor, como irritabilidade;
- insônia;
- mudanças na libido;
- baixa lubrificação vaginal;
- dor durante o ato sexual;
- dores de cabeça.
É importante ressaltar que, com o passar do tempo, a baixa hormonal pode causar perda de massa óssea, que conhecemos como osteoporose, o que aumenta as chances da mulher sofrer fraturas. Deste modo, é importante realizar um acompanhamento médico.
Diferenças entre menopausa e climatério
Agora que já sabemos as definições sobre menopausa e climatério, podemos diferenciá-los, uma vez que o climatério é um período que ocorre geralmente entre os 40 e os 65 anos, já menopausa é um evento que pode acontecer a qualquer momento desse período, sendo mais frequente entre os 45 e 52 anos.
Deste modo, o climatério pode ser dividido em dois momentos: o antes e depois da menopausa, sendo que após ocorrer esta última menstruação, o climatério ainda dura cerca de 12 meses, período onde a produção dos hormônios pelos ovários sofre a maior queda até cessar completamente.
Como diagnosticar o climatério?
O climatério, na maioria das vezes, é diagnosticado pelo médico apenas por meio do relato dos sintomas, feito pela paciente, o que chamamos de diagnóstico clínico, já que os sinais são muito característicos. Porém, é importante realizar uma investigação caso a paciente apresente a menopausa precoce, que como citamos anteriormente, acaba ocorrendo antes dos 40 anos. Nesses casos, alguns exames podem ser realizados para avaliar a capacidade funcional dos ovários e também os níveis de alguns hormônios, como o FSH (hormônio folículo estimulante).
Existe tratamento?
O tratamento mais comum para mulheres que estão no climatério ou que já atingiram a menopausa é a reposição hormonal, principalmente de estrogênio, mas que geralmente é administrada em conjunto com progesterona, a fim de diminuir os efeitos colaterais. Essa reposição irá auxiliar na diminuição dos sintomas, como os fogachos e a sudorese, mas é importante ressaltar que existem alguns riscos ao fazer uso de hormônios sintéticos, sendo de suma importância a consulta com um médico especialista em ginecologia, que irá avaliar a paciente antes de entrar com o tratamento.
É possível engravidar após a menopausa?
Como dissemos anteriormente, a menopausa marca o último ciclo menstrual da mulher. Sendo assim, com a diminuição da produção hormonal pelos ovários, a maturação de óvulos deixa de acontecer e o endométrio, que é a camada interna do útero, para de crescer, o que inviabiliza uma gravidez.
As saídas para estas pacientes seriam: ter realizado congelamento de óvulos anteriormente ou recorrer à ovodoação. Em ambos os casos, a gestação poderá ser obtida através de técnicas de reprodução assistida.
Conclusão
A ocorrência da menopausa e do climatério é algo normal e esperado na vida de mulheres maduras, e apesar dos sintomas serem incômodos, existem terapias hormonais para amenizá-los. A possibilidade de gravidez vem por meio da medicina reprodutiva, onde a paciente deve buscar um especialista em reprodução humana para avaliar as possibilidades.
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